terça-feira, 12 de junho de 2007

Ainda hoje lhe digo

Hoje não era o dia, não o queria, mas como não é coisa que se segure, nem bote freio, o silêncio gritou tão alto que ardeu-me o peito.

Hoje queria cobrir-te de girassóis, fazer de sua cama nosso jardim, mas Ele, o Silêncio, fez lágrimas escorrem em mim, vindas de um recanto nada manso e às vezes tão límpido que seu negror exulta.

Hoje queria corbrir-te em um manto de sorrisos, ser inteira em tua retina, mas ele encerrou-me no quarto diante de cortinas cerradas e de um azul pálido, empalidecendo as lágrimas que sentia.

Hoje, ao fim desse dia onde tudo, pra muitos, foi pura magia, pra outros esperança e ilusão, hoje que era um dia que eu muito queria, consegui dizer-te tão pouco e amiúde...

Mas hoje, ainda, nessa réstia de dia, que eu possa te fazer ciente do que queria, e assim digo-te somente e todavia: Amo-te, com a alma e a vida!

Patrícia Gomes

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