Ela pensava na própria morte e
Em como ela se faz consorte
Fiel e constante.
A cada dia nos enreda mais e mais
Nos faz navegar em águas mansas
E tantas vezes densa...
Outro dia dizia da própria morte:
Se é pra morrer de vez
Que seja suave, sem aviso
Sem lamúrias
No barulho do
Meio da rua
Bagunçando ainda mais
O caótico trânsito.
Se for pra morrer que seja assim
Um modo tão bonito de partir...
Queira Deus que, ao abreviar
Os meus dias, o faça
Com uma bala perdida...
Patrícia Gomes
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